Terça-feira, 7 de Novembro de 2006
Eu já disse tantas vezes que odeio o Metro de Lisboa, que já não sei muito bem o que dizer... mas tenho que dizer alguma coisa, alguma coisa sobre estas greves.
Dia 31, greve, hoje, dia 7: greve. Dia 9, novamente, greve.
A cidade de Lisboa fica mergulhada em caos, as pessoas amontoam-se aos milhares no Cais do Sodré para tentarem apanhar um táxi ou um autocarro. Ninguém sabe bem por onde passam e onde páram os autocarros alugados pelo Metropolitano de Lisboa para compensar a falta de combóios, nem os próprios condutores dos ditos autocarros!
Muito mais gente leva o carro para Lisboa, porque sabe que não pode ir de metro e com os autocarros extra a circular, o trânsito fica ainda mais descontrolado do que já costuma ser.
As pessoas atrasam-se, cansam-se, irritam-se e começam muito mal o dia, a produtividade cai, o país afunda-se, começa a guerra, o planeta explode, o Universo acaba. Tudo por culpa dos imbecis dos sindicalistas que não conseguem, de forma nenhuma, aprender a fazer o seu trabalho no mundo actual, na economia actual.
Os sindicalistas - raça que também odeio - são arcaicos. Resolvem tudo (ou melhor, não resolvem nada), da mesma maneira: greve. São as "formas de luta", como eles gostam de dizer. O resultado, na esmagadora maioria dos casos é nulo.
Ou melhor o resultado é que milhares e milhares de pessoas são transtornadas no seu quotidiano e que um serviço que já é mau, torna-se inútil.
Os sindicatos têm que começar a pensar em novas maneiras de resolver os seus conflitos com as empresas, porque fazer greve é infantil, é como uma criança que bate o pé e se recusa a comer, porque não teve o brinquedo que queria. Se os funcionários do metro andassem acorrentados às carruagens e fossem obrigados a comer carvão enquanto eram chicoteados no fim de cada turno de 46 horas, acho que se impunha, de facto, uma retaliação radical como a greve.
Agora, por causa de discussões de acordos de empresa e pontinhos percentuais aqui e ali? Tenham dó e vão mas é trabalhar!
Aqui vai uma notícia meus amigos: a vida é difícil para todos.
sinto-me: Farto disto