Quinta-feira, 28 de Dezembro de 2006
Deco é um grande jogador - odeio-o, mas o gajo joga bem. Mas mais do que isso, Deco foi uma precedência perigosíssima: um sinal de que a selecção nacional era um excelente "balde dos restos", para a selecção brasileira.
A máxima passou a ser: cara, não tem lugar no escrete? Não tem problema não! Vem ser português e jogar na selecção dos tugas!
Nos jornais de ontem já vinha anunciado que Pepe terá a nacionalização pronta no ano que vem e que Scolari pretende chamá-lo rapidamente à selecção.
Não só há por aí centenas de jogadores de futebol portugueses que nunca vestirão a camisola da selecção e que devem ficar um bocado aborrecidos, como há por aí centenas de imigrantes brasileiros que se perguntam a que guichet se dirigem os jogadores de futebol para obterem nacionalidade tão depressa.
Se ter um seleccionador estrangeiro já é mau - acho que se é a selecção nacional, porra, que seja nacional - ter um jogador brasileiro é ainda pior... e a partir dos dois, acho que a coisa devia deixar de se chamar "selecção nacional" e passar a chamar-se "selecção colonial".
Odeio a selecção colonial!
sinto-me: Enjoado das tripas
música: Silêncio odioso