Terça-feira, 27 de Abril de 2004
Não se sabe bem quem inventou o urinol. Há quem diga que foi um imperador Romano, há quem diga que foram os franceses no século XVIII. Não sei, mas sei que odeio urinóis!
A ideia básica por trás de um urinol é que as pessoas não se importam de urinar coladas umas às outras. Talvez até se pudesse mesmo inventar uma forma qualquer dos homens poderem estar na casa de banho de mãos dadas. Ou que tal urinóis montados dois-a-dois, frente-a-frente, para que possamos olhar o tipo que está a mijar connosco de frente e discutir a prisão do Valentim Loureiro.
Não gosto de ser obrigado a estar colado a pessoas em nenhuma situação. Odeio andar de metro quando vai tudo cheio e as pessoas se colam a mim, odeio estar sentado no barco e levar com um daqueles gajos, no lugar atrás do meu, que se encostam todos para trás e, consequentemente, a mim.
Sem dúvida nenhuma que ainda odeio mais ter um gajo qualquer encostado a mim quando estou com a pila na mão.
Os urinóis são também discriminação! Porque é que as mulheres têm direito a casinhas com porta? Quer dizer... os urnióis podiam ser metidos em casinhas com porta também ou então, as casas de banho das mulheres podiam ser fileiras de sanitas sem caisnha-com-porta e tão próximas umas das outras que obrigassem as meninas a tocar com os joelhos umas nas outras.
Sim, expliquem-me: porque é que as senhoras precisam de mais privacidade do que os homens?
Mas eu ainda não acabei! É que não há vantagem nenhuma num urinol, a não ser, talvez que poupa algum espaço. Em termos de higiene é um nojo: ou é daqueles a meia altura e faz-nos salpicar as calças, ou é daqueles no chão e faz-nos salpicar os sapatos. Os urinóis são feios e invocam badalhoquice, são desconfortáveis, desagradáveis obrigam um gajo a mijar encostado ao vizinho do lado. É por isso que eu odeio urinóis!