Segunda-feira, 13 de Novembro de 2006
"Quem diz que só fiz um oásis e mandei plantar umas palmeiras, que leia o livro"
Vou ver se não leio mesmo. Prefiro pensar que ao menos plantaste uma palmeira ó Santana, ok?
Terça-feira, 7 de Novembro de 2006
Eu já disse tantas vezes que odeio o Metro de Lisboa, que já não sei muito bem o que dizer... mas tenho que dizer alguma coisa, alguma coisa sobre estas greves.
Dia 31, greve, hoje, dia 7: greve. Dia 9, novamente, greve.
A cidade de Lisboa fica mergulhada em caos, as pessoas amontoam-se aos milhares no Cais do Sodré para tentarem apanhar um táxi ou um autocarro. Ninguém sabe bem por onde passam e onde páram os autocarros alugados pelo Metropolitano de Lisboa para compensar a falta de combóios, nem os próprios condutores dos ditos autocarros!
Muito mais gente leva o carro para Lisboa, porque sabe que não pode ir de metro e com os autocarros extra a circular, o trânsito fica ainda mais descontrolado do que já costuma ser.
As pessoas atrasam-se, cansam-se, irritam-se e começam muito mal o dia, a produtividade cai, o país afunda-se, começa a guerra, o planeta explode, o Universo acaba. Tudo por culpa dos imbecis dos sindicalistas que não conseguem, de forma nenhuma, aprender a fazer o seu trabalho no mundo actual, na economia actual.
Os sindicalistas - raça que também odeio - são arcaicos. Resolvem tudo (ou melhor, não resolvem nada), da mesma maneira: greve. São as "formas de luta", como eles gostam de dizer. O resultado, na esmagadora maioria dos casos é nulo.
Ou melhor o resultado é que milhares e milhares de pessoas são transtornadas no seu quotidiano e que um serviço que já é mau, torna-se inútil.
Os sindicatos têm que começar a pensar em novas maneiras de resolver os seus conflitos com as empresas, porque fazer greve é infantil, é como uma criança que bate o pé e se recusa a comer, porque não teve o brinquedo que queria. Se os funcionários do metro andassem acorrentados às carruagens e fossem obrigados a comer carvão enquanto eram chicoteados no fim de cada turno de 46 horas, acho que se impunha, de facto, uma retaliação radical como a greve.
Agora, por causa de discussões de acordos de empresa e pontinhos percentuais aqui e ali? Tenham dó e vão mas é trabalhar!
Aqui vai uma notícia meus amigos: a vida é difícil para todos.
sinto-me: Farto disto
Segunda-feira, 6 de Novembro de 2006
Na maioria dos países Europeus, no norte da América e da Ásia, bem como noutros países aqui e ali (como o Brasil), têm uma irritante mania de mudar a hora duas vezes por ano.
É uma coisa a que chamam "daylight saving time", ou qualquer coisa como "horário de poupança de luz do dia" e não passa de uma grande tanga.
Basicamente, a DST (que em português é também sigla de Doença Sexualmente Transmissível - outra coisa algo aborrecida), é suposto aproveitar mais horas de Sol ao fim do dia, durante o fim da Primavera, todo o Verão e início do Outono.
É claro que isto significa que de manhã é de noite até mais tarde, o que lixa um bocado o pessoal que tem que se levantar às 6.30 da matina para ir fazer essa coisa doentia que é o trabalho.
A desculpa é que, adiantando a hora no Verão, é de dia até mais tarde e portanto as pessoas não acendem as luzes tão cedo. Claro que isso não faz qualquer sentido, se as pessoas são obrigadas a acender a luz de manhã para poderem fazer as torradas e dar comida ao cão.
Mas o pior nem é isso, o pior é que parece que mudar uma hora para a frente no Verão e voltar a mudá-la para trás no Inverno é uma coisa de nada, mas não é! É uma chatice! Para já, temos que ajustar 200 relógios, alguns dos quais nem nos lembramos como se acertam; depois, às vezes esquecemo-nos de mudar a hora aqui ou ali (no relógio do carro, por exemplo) e andamos atrasados ou adiantados como o caraças, durante uma semana; E finalmente, mexer assim nas horas dá completamente cabo dos ciclos das pessoas.
Após uma mudança de hora, toda a gente anda mais cansada, mais mal disposta sem saber bem porquê. E não basta um dia ou dois para recuperar: pelo menos uma semana, toda a gente anda com sono e carrancuda (bom, eu ando assim o ano inteiro, mas isso sou eu).
Acima de tudo, a mudança de hora é uma coisa artificial e que, sinceramente, faz cada vez menos sentido. Se se concentrassem em reduzir as emissões de gases perigosos provenientes de automóveis e fábricas, reduzir o consumo de energia de centros comerciais e hipermercados, investir mais em energias alternativas e educação da população, não teriam que se preocupar com poupar uma hora de energia durante o Verão.
Ainda por cima, esta suposta poupança de energia devido ao dia ser mais longo e as pessoas acenderem as luzes mais tarde é um bocado discutível já que quanto mais horas de Sol mais ar-condicionado (por exemplo), mais as pessoas se metem no carro para ainda ir aqui e ali depois do trabalho porque ainda é de dia.
Se nós vivemos num planeta com uma estrela que até nos ajuda a saber quando dormir e quando acordar... para que raio havemos de andar a acertar os relógios como uns senhores decidiram que devia ser?
Odeio as mudanças de hora!
música: "Gett off" - Prince & The New Power Generation
sinto-me: Chateado